A TRH, terapia de reposição hormonal, é muito utilizada para o alívio dos sintomas das chamadas menopausa feminina e andropausa masculina, o período natural de declínio dos hormônios sexuais. No entanto, um dos principais receios entre pacientes e especialistas é a relação entre a TRH e o risco aumentado de trombose.

Continue a leitura deste artigo e conheça mais sobre a relação entre a terapia de reposição hormonal e a trombose, destacando os riscos, fatores de risco e as medidas para minimizar suas complicações.

A Trombose

A trombose é uma condição caracterizada pela formação de coágulos sanguíneos dentro dos vasos, que podem bloquear total ou parcialmente a circulação na região afetada. Esses coágulos podem se formar nas veias profundas das pernas, causando trombose venosa profunda (TVP), ou se deslocar para os pulmões, resultando em embolia pulmonar (TEP), uma complicação grave que pode até mesmo ser fatal.

Essa condição pode estar associada a diversos fatores de risco, incluindo predisposição genética, imobilidade prolongada, varizes e o uso de hormônios sintéticos, como na terapia de reposição hormonal.

A Terapia de Reposição Hormonal

A TRH é um tratamento utilizado para restaurar os níveis hormonais em uma pessoa que possui algum tipo de deficiência nesses índices, contribuindo também para a saúde óssea, prevenindo a osteoporose.

O tratamento pode ser administrado por via oral, transdérmica (adesivos e géis) ou injetável, e sua escolha deve considerar os benefícios e riscos, especialmente em pessoas com predisposição a problemas circulatórios.

Terapia de Reposição Hormonal e Circulação Sanguínea

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A terapia de reposição hormonal pode afetar diretamente a coagulação sanguínea devido aos efeitos provocados pelos hormônios sintéticos sobre os vasos e as plaquetas que compõem o sistema circulatório.

Os estrogênios, particularmente na forma oral, podem aumentar a produção de fatores pró-coagulantes no fígado, reduzindo a atividade dos anticoagulantes naturais do corpo. Isso pode levar a um maior risco de formação de coágulos, principalmente em pacientes predispostas. As principais formas de reposição hormonal incluem:

  • Estrogênio isolado: indicado para mulheres que fizeram histerectomia;
  • Terapia combinada (estrogênio + progesterona): utilizada para mulheres com útero, reduzindo o risco de hiperplasia endometrial;
  • Administração transdérmica: os estrogênios aplicados na pele (adesivos ou géis) têm menor impacto na coagulação em comparação com a administração oral.

Risco de Trombose em Pacientes em Terapia Hormonal

Diversos estudos indicam que a TRH, especialmente quando utilizada na forma oral, está associada a um aumento no risco do surgimento de quadros de trombose venosa profunda. Esse risco pode ser influenciado por fatores como:

O risco absoluto permanece baixo na maioria das pessoas saudáveis, mas para aquelas com fatores de risco adicionais, a avaliação médica cuidadosa é essencial antes de iniciar a terapia.

Estratégias para Minimizar o Risco Tromboembólico

Para pacientes que necessitam passar por uma reposição hormonal, algumas estratégias podem ser adotadas para reduzir o risco de trombose, sendo elas:

  • Preferir formulações transdérmicas: estudos mostram que adesivos e géis de estrogênio apresentam menor impacto na coagulação do que comprimidos orais;
  • Acompanhamento com especialista em angiologia e cirurgia vascular: mulheres com histórico de doenças vasculares devem ser avaliadas regularmente;
  • Monitoramento de fatores de risco: exames para detectar trombofilias hereditárias podem ser indicados para pacientes de alto risco;
  • Adotar hábitos saudáveis: atividade física regular, controle do peso e cessação do tabagismo ajudam a reduzir os riscos cardiovasculares;
  • Uso de anticoagulantes quando necessário: em casos específicos, pode ser necessário o uso de medicações para prevenir a formação de coágulos.

Quando Buscar Ajuda Médica

Pessoas que realizam terapias hormonais devem buscar ajuda médica de um angiologista ou cirurgião vascular quando seu histórico prévio conter quadros de trombose ou embolia pulmonar, bem como sintomas como inchaço e dor persistente nas pernas, falta de ar e dor torácica.

Além disso, a presença de varizes sintomáticas ou insuficiência venosa crônica, e o histórico familiar de distúrbios de coagulação podem ser indicativos para buscar um profissional capacitado. Consultar um angiologista ou cirurgião vascular antes de iniciar a TRH é essencial para garantir uma abordagem segura e individualizada.

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