Coagulação Sanguínea. O coágulo sanguíneo é caracterizado pela aglomeração de sangue que muda do estado naturalmente líquido para gelatinoso, provocando a coagulação, uma resposta natural do corpo ao perder sangue em determinado vaso.

Entretanto, ao mesmo tempo em que pode ajudar a controlar um sangramento, tende a ser responsável por causar consequências médicas graves, como TVP (trombose venosa profunda) e EP (embolia pulmonar), por exemplo.

Como Ocorre a Coagulação Sanguínea?

O sangramento causa um “efeito dominó” biológico, em que uma série de etapas é acionada. Ao detectar um sangramento, o corpo ativa fatores de coagulação em determinada ordem (processo conhecido como cascata de coagulação), levando à formação de um coágulo sanguíneo.

Além da lesão ou de um rompimento, que são as principais causas, a coagulação pode ocorrer por uso de medicamentos específicos, síndrome antifosfolípide, arteriosclerose e aterosclerose, terapia de reposição hormonal, TVP, história familiar, obesidade, gestação, EP, tabagismo e procedimento cirúrgico, por exemplo.

Quando a cascata de coagulação funciona naturalmente, o sangue mantém-se firme no local da lesão e o sangramento cessa. Entretanto, se as pessoas apresentam um distúrbio hemorrágico, são incapazes de produzir coágulos fortes o suficiente. Assim, se o coágulo acaba movendo-se, pode parar em outras áreas do corpo e apresentar riscos à saúde do paciente.

Formação do Coágulo Sanguíneo

Basicamente, o processo de coagulação faz com que o sangue passe do estado líquido para sólido na região lesionada, por meio de um processo caracterizado pelas seguintes etapas:

  • Lesão: um ferimento na parede dos vasos sanguíneos (um corte na pele ou uma lesão interna, por exemplo) provoca um sangramento;
  • Constrição do vaso: com o intuito de controlar a perda sanguínea, o vaso de sangue estreita-se, limitando o seu fluxo por meio do vaso;
  • Plugue das plaquetas: em resposta à lesão, pequenas células de sangue, conhecidas como plaquetas, são ativadas, grudando umas nas outras e no local em que aconteceu o ferimento, formando uma espécie de tampão. O fator de proteína von Willebrand (VWF) ajuda as plaquetas a grudarem umas nas outras e na parede dos vasos sanguíneos;
  • Coágulo de fibrina: posteriormente, as proteínas do fator de coagulação desencadeiam a produção de fibrina (uma substância forte e semelhante a um cordão que forma um coágulo, ou seja, uma rede parecida com uma malha que mantém o tampão firme e estável. Nos dias seguintes ou nas próximas semanas, o coágulo se fortalece e dissolve-se à medida que a parede dos vasos sanguíneos se curam.

Distúrbios Relacionados da Coagulação Sanguínea

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Uma série de distúrbios de plaquetas podem interferir no processo de coagulação do sangue, aumentando a produção de coágulos ou mesmo dificultando a sua formação.

Distúrbios Hemorrágicos

Quando determinados fatores de coagulação do sangue são deficientes ou ausentes, o sangue não consegue coagular naturalmente, passando a levar mais tempo para estancar o sangramento, configurando o que conhecemos como distúrbios hemorrágicos, tais como:

  • Doença de von Willebrand: esses pacientes tendem a não ter proteína VWF suficiente ou a mesma pode nem funcionar corretamente, logo, ao haver um sangramento, o sangue não consegue formar um plugue de plaquetas;
  • Hemofilias: os tipos A e B tratam-se de distúrbios de coagulação amplamente conhecidos, em que o sangue não coagula corretamente, resultando em excesso de hematomas e sangramento interno.

Estados Hipercoaguláveis

A coagulação normal é fundamental durante uma lesão porque ajuda a interromper o sangramento de um corte, iniciando o processo de cicatrização. Entretanto, o sangue não deve coagular quando está apenas movendo-se pelo corpo, o que é chamado de estado hipercoagulável ou trombofilia.

Esse tipo de estado tende a ser perigoso, porque apresenta um risco aumentado de coágulos sanguíneos nas veias e artérias. Assim, se os coágulos formam-se nas veias, podem percorrer a corrente sanguínea e provocar TVP ou EP.

Gerenciamento dos Distúrbio da Coagulação

O tratamento bem-sucedido é possível, mesmo diante de emergências médicas potencialmente fatais devido à trombose ou às hemorragias, se o paciente receber intervenção adequada e no momento certo, o que pode incluir uso de medicamentos anticoagulantes conforme prescrição médica.

Portanto, é fundamental atentar-se aos sinais, como dor, calor, vermelhidão e rigidez muscular, que são características típicas de uma TVP, para que seja possível ter o correto diagnóstico e um pronto tratamento. Do mesmo modo que é essencial adotar ou manter hábitos saudáveis para prevenir a coagulação sanguínea anormal ou os distúrbios associados.

Além disso, o acompanhamento com a médica especialista em Angiologia e Cirurgia Vascular é essencial para evitar complicações, como as da Coagulação Sanguínea, gerenciar os sinais e sintomas, e elaborar um plano para que a condição não afete a qualidade de vida. Logo, manter o acompanhamento e check-up periódicos são fortes aliados nessa missão para ter uma boa saúde vascular.

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Artigo Publicado em: 13 de maio de 2020 e Atualizado em: 26 de setembro de 2024

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