Nos membros inferiores, temos as artérias ilíacas, em que a direita envia sangue para a perna esquerda e esta o transporta ao coração. Quando a primeira comprime a veia ilíaca esquerda, dificultando o fluxo sanguíneo natural, damos o nome de Síndrome de May-Thurner.
Entenda Mais Sobre Síndrome de May-Thurner
Igualmente conhecida como Síndrome de Cockett ou síndrome de compressão de veia ilíaca, a condição vascular é caracterizada pela compressão da veia ilíaca esquerda sem uma motivação aparente e por dificultar o retorno sanguíneo ao coração, possibilitando o seu acúmulo no local e até uma evolução para um quadro de TVP (trombose venosa profunda).
Apesar de algumas pessoas serem assintomáticas para a complicação da síndrome de May-Thurner, outras podem apresentar descoloração cutânea, dor, inchaço, latejamento, sensação de peso, sensibilidade e veias aumentadas e inchadas nos membros inferiores.
Além disso, é fundamental atentar-se aos sinais da EP (embolia pulmonar), uma complicação grave da trombose, tais como, falta de ar, tosse com muco e sangue, palpitações e dor repentina no peito.
Já as mulheres que nascem com a condição igualmente estão propensas a desenvolver síndrome de congestão pélvica, provavelmente por problemas com as veias da região.
Sintomas
Apesar de as pessoas comumente receberem o diagnóstico após o desenvolvimento de TVP, a síndrome de May-Thurner é caracterizada por alguns sintomas que, normalmente, afetam a perna do lado esquerdo, tais como:
- Descoloração cutânea;
- Dor;
- Inchaço;
- Sensação de peso ou cansaço;
- Úlceras (feridas abertas) ou dificuldade de cicatrização dos machucados;
- Varizes.
Diagnóstico
Conforme mencionado, quem tem síndrome de May-Thurner não costuma apresentar sintomas até desenvolver TVP e seus sinais característicos surgirem. Portanto, para confirmar o diagnóstico, a médica especialista em Angiologia e Cirurgia Vascular analisa o histórico de saúde e os sintomas, realiza exame físico e até pode solicitar exames complementares, como o ultrassom Doppler.
Fatores de Risco
As pessoas que têm maior probabilidade de desenvolver a síndrome de Cockett são as do sexo feminino, com chances de já nascerem com esse tipo de condição vascular, e na faixa etária entre 20 e 50 anos.
Do mesmo modo que estão propensas aquelas que têm escoliose ou uma condição que faz com que o sangue coagule em excesso, acabaram de ter um bebê, têm mais de um filho, fazem uso de anticoncepcional oral e estão desidratadas.
Disponibilidade de Tratamento
O tratamento é destinado a melhorar o fluxo sanguíneo e reduzir os riscos de o paciente desenvolver TVP. Então, levando em consideração o quadro apresentado e a saúde geral do paciente, a profissional pode indicar algum procedimento cirúrgico. Mas caso já tenha a trombose, a médica especialista em Angiologia e Cirurgia Vascular tende a recomendar o uso de medicamentos ou filtro de veia cava.
Medidas Preventivas
Pensando em prevenir a síndrome de Crockett, no geral, os pacientes recebem orientação para melhorar a circulação sanguínea, reduzindo os riscos de formação de coágulos, o que inclui, por exemplo:
- Evitar permanecer na mesma posição por período prolongado;
- Gerenciar as condições de saúde;
- Hidratar-se constantemente;
- Não fumar;
- Praticar exercícios regularmente;
- Usar meias de compressão conforme especificação, se for o caso.
Além de ser um diferencial fundamental manter um acompanhamento periódico com a médica especialista em Angiologia e Cirurgia Vascular, assim como o check-up, visando uma boa qualidade de vida, prevenindo ou tratando a síndrome de May-Thurner ou qualquer outra condição vascular que possa apresentar ou tenha história familiar para tal.