A doença venosa é uma condição que afeta as veias, principalmente as das pernas, e mundialmente milhares de pessoas. Não é raro que seus primeiros sinais sejam confundidos com cansaço ou simplesmente ignorados, o que pode atrasar o diagnóstico e o tratamento adequados.

Compreender os diferentes estágios da doença venosa ajuda a identificar os sintomas iniciais e saber quando procurar ajuda médica especializada para evitar complicações. Pensando nisso, criamos este artigo que servirá como um guia, mas não substitui uma consulta com a médica especialista em Angiologia e Cirurgia Vascular.

O Que É Doença Venosa?

A doença venosa é caracterizada pela dificuldade de uma veia fazer o sangue retornar de forma eficiente ao coração, resultando em um acúmulo sanguíneo, especialmente nas pernas. Esse problema surge, geralmente, devido a um enfraquecimento nas válvulas das veias, que perdem a capacidade de impedir que o sangue desça novamente ao invés de subir em direção ao coração.

Entre as causas dessa condição estão fatores genéticos, sedentarismo, obesidade, idade avançada e permanecer longos períodos em pé ou sentado. Ao longo do tempo, a doença venosa pode causar sintomas variados, de leves a graves, dependendo da fase em que a doença se encontra.

Estágios da Doença Venosa

A doença venosa é classificada em seis estágios, utilizando a classificação “CEAP” – sistema internacional que classifica a gravidade da doença com base em classificações clínica (C), etiológica (E), anatômica (A) e fisiopatológica (P).

C0 – Sem Sinais De Doenças Venosas Sensíveis Ou Palpáveis

Quando o paciente não apresenta a condição.

C1 – Telangiectasias Ou Veias “Aranhas”

Diga Adeus às Dores nas Pernas.
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Nesse primeiro estágio, pequenas veias vermelhas ou azuladas aparecem na pele da região das pernas. Conhecidas como “vasinhos“, são finas e tortuosas, e, embora não causem dor, podem incomodar esteticamente.

Muitas pessoas consideram esse estágio um problema meramente estético. No entanto, é o primeiro sinal de que a circulação nas pernas pode estar comprometida. Neste caso, é aconselhável procurar a médica de sua confiança se os vasos estiverem aumentando ou se houver histórico familiar de problemas venosos.

C2 – Varizes

As varizes são veias mais visíveis que podem, inclusive, saltar na pele. Geralmente, quem as tem pode perceber uma sensação de peso nas pernas, cansaço e, eventualmente, dores leves.

Este é o momento ideal para buscar ajuda de um médico angiologista ou cirurgião vascular. O tratamento precoce das varizes minimiza os sintomas e evita a progressão para estágios mais graves. Entre as opções de tratamento estão as meias de compressão, a escleroterapia (injeção de substâncias nas veias) e, em alguns casos, cirurgia.

C3 – Edema

O edema, popularmente conhecido como inchaço nas pernas e nos tornozelos, se torna frequente, especialmente ao final do dia, resultado do acúmulo de sangue nas veias. Esse estágio exige atenção médica para evitar complicações.

O inchaço sinaliza sobrecarga na circulação venosa e precisa ser tratado, pois o acúmulo contínuo de líquido pode enfraquecer a pele e aumentar o risco do paciente desenvolver algumas infecções.

C4 – Alterações na Pele e Pigmentação

Neste estágio, o paciente tende a perceber o surgimento de manchas marrons ou avermelhadas na pele das pernas, além disso, a região pode ficar endurecida e ressecada. Essas alterações são causadas pela inflamação contínua devido ao sangue acumulado.

Com o avanço para este estágio, aumenta o risco de desenvolvimento de ferimentos, tornando o tratamento especializado essencial. Sem tratamento adequado, a pele pode se tornar muito frágil e qualquer ferimento tem chance de evoluir para uma úlcera venosa.

C5 – Úlceras Cicatrizadas

Neste estágio, que indica que a doença venosa está em um ponto avançado, algumas pessoas desenvolvem feridas cutâneas que eventualmente cicatrizam, mas essas cicatrizes são delicadas e podem se abrir novamente sem cuidados. Este estágio.

Acompanhamento médico é fundamental para prevenir a reabertura das úlceras e controlar sintomas com o uso de meias de compressão, medicamentos específicos e outros tratamentos.

C6 – Úlceras Ativas

Pacientes no sexto e último estágio da doença venosa apresentam úlceras abertas e dolorosas na pele, especialmente na região do tornozelo. Essas feridas são difíceis de cicatrizar e podem infeccionar facilmente.

Neste caso, o tratamento é urgente. A intervenção médica, como a limpeza constante das úlceras, é crucial para evitar infecções graves e complicações, além de poder envolver procedimentos cirúrgicos para reparar as veias comprometidas.

Consultando Uma Especialista

Os sintomas da doença venosa não desaparecem sozinhos. Quando a doença não é tratada, tende a progredir para estágios mais graves, causando dor, úlceras e até mesmo complicações mais sérias que podem interferir na mobilidade do paciente.

Ao notar qualquer sinal de alteração, por mínimo que seja, nas suas pernas, é interessante buscar aconselhamento da sua médica angiologista e/ou cirurgiã vascular de sua confiança para uma avaliação mais completa do caso.

A consulta pode envolver a realização de exames físicos e de imagem com a utilização de um ultrassom Doppler para avaliar o fluxo sanguíneo e identificar obstruções ou problemas nas válvulas venosas.

Tratando a Doença Venosa

Existem várias estratégias que podem ser adotadas durante o tratamento de uma doença vascular. A abordagem escolhida pode variar de acordo com a fase em que se encontra a condição e seus sintomas.

As abordagens mais utilizadas são:

  • Meias de Compressão: Auxiliam na melhora do retorno venoso e na redução do inchaço;
  • Escleroterapia: Injeção de substâncias que ajudam a fechar as veias menores e reduzir varizes;
  • Procedimentos com Laser e Radiofrequência: Tratamentos minimamente invasivos que fecham as veias doentes;
  • Cirurgias: Em casos mais avançados, são recomendados procedimentos para corrigir ou remover veias comprometidas.

O tratamento deve ser ajustado conforme a gravidade e o estágio da doença, visando aliviar sintomas e impedir a progressão da doença. Já se você não tem a condição (C0 da escala CEAP), mas, mesmo assim, quer preveni-la, aqui estão algumas dicas:

  • Evite passar muito tempo sentado ou em pé, então, mexa-se regularmente;
  • Pratique exercícios físicos como caminhadas e andar de bicicleta para estimular a circulação;
  • Controle o peso com uma alimentação balanceada;
  • Use meias de compressão, se recomendado por uma médica, para ajudar na circulação.

Com o acompanhamento e tratamento adequados é possível vencer os obstáculos causados pela doença venosa e retomar sua vida com mais conforto e qualidade. Não deixe de marcar uma consulta de avaliação com nossa médica especialista em saúde vascular.

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