Anticoncepcionais e Risco de Trombose. Quando há o interesse em evitar a gravidez ou tratar diversas condições, pode ser indicado o uso da pílula anticoncepcional combinada oral. Mas como acontece com diversos medicamentos, os riscos existem, como o de desenvolver TVP (trombose venosa profunda).
Diante disso, continue acompanhando este artigo para saber sobre a possibilidade do risco de trombose em pessoas que fazem uso de anticoncepcionais orais, principalmente nos membros inferiores, e as formas de identificação e prevenção.
Relação entre Anticoncepcionais e Risco de Trombose
A trombose é caracterizada pela formação de coágulos no sangue que acabam bloqueando o seu fluxo, especialmente nos membros inferiores, com chance de locomoção para uma região diferente da inicial, dando origem a uma condição conhecida como EP (embolia pulmonar).
E apesar de ainda não haver uma real comprovação da causa para a relação entre anticoncepcionais e trombose, estudos apontam que tal contraceptivo provoca resistência aos anticoagulantes naturais do organismo, o que acaba resultando em um sistema circulatório desequilibrado e, consequentemente, aumentando as chances da formação de coágulos e de trombose.
Porém, as chances dependem do tipo de anticoncepcional. No caso da trombose venosa, há um aumento de três a seis vezes em se tratando do uso de contraceptivo oral.
Sendo assim, é fundamental se atentar aos sintomas, que variam de acordo com o quadro de trombose apresentado pelo paciente:
- Trombose Venosa: alteração na coloração da pele, dores nos membros inferiores e inchaço na perna afetada;
- Embolia Pulmonar: falência dos órgãos, falta de ar aguda, comprometimento da oxigenação do pulmão e pressão baixa.
Fatores de Risco
O risco elevado de trombose está associado aos fatores que influenciam no aumento da incidência de tal condição, que incluem, além de determinados anticoncepcionais:
- Câncer;
- Colesterol alto;
- Diabetes;
- Estresse;
- Fragilidade;
- Gestação;
- Hipertensão;
- Histórico de doenças circulatórias e cardiovasculares;
- Idade superior a 35 anos;
- Imobilidade e suas causas, como paralisia, por exemplo;
- Insuficiência venosa;
- Má nutrição;
- Obesidade;
- Tabagismo;
- Trauma;
- Tromboembolismo Venoso;
- Trombofilia genética.
Tais fatores são alguns dos motivos que fazem um especialista e o paciente considerarem a escolha de outro método, sendo comumente recomendado um em que as chances são reduzidas, como pílulas de progesterona, DIU, anel vaginal ou anticoncepcional injetável, por exemplo.
Recomendações da OMS
Segundo a OMS (Organização Mundial da Saúde), as recomendações gerais devem ser baseadas individualmente. No caso das pessoas com histórico de TVP, tromboembolismo venoso e EP, os anticoncepcionais (contraceptivos orais combinados e injetáveis combinados, e de adesivo ou anel vaginal) precisam ser evitados.
Assim sendo, outros métodos de prevenção da gravidez podem ser considerados, como os de barreira, que incluem preservativos masculinos e femininos, e diafragmas, por exemplo.
Cuidados
Com o intuito de reduzir o risco de ter trombose durante o uso de contracepção hormonal, é fundamental se atentar à sua escolha e estar ciente das chances de ser acometido pela condição em cada uma das opções.
Outra recomendação é realizar um acompanhamento periódico com uma médica especialista em Angiologia e Cirurgia Vascular para prevenir as possíveis complicações ou providenciar o tratamento o quanto antes caso os coágulos sanguíneos já tenham começado a se desenvolver. Assim como está apta a orientar em relação às disponibilidades de anticoncepcionais para cada caso.
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Artigo Publicado em: 1 de janeiro de 2020 e Atualizado em: 28 de setembro de 2023