Doença Venosa Crônica trata-se de uma condição comum que afeta as veias dos membros inferiores, responsáveis por levar sangue do local ao coração, e pode causar dilatações, coceira, inchaço e irritação, descoloração, erupções e úlceras cutâneas. Assim como é caracterizada por pernas pesadas ou dolorosas, normalmente, no final do dia ou após permanecer um período prolongado em pé.

Definição de Doença Venosa Crônica

Conforme mencionado, a doença venosa crônica é considerada uma anomalia do funcionamento do sistema venoso provocado por comprometimento das válvulas existentes nas veias, estando ou não associadas a uma obstrução do fluxo venoso.

O funcionamento natural e esperado das veias envolve as válvulas, responsáveis por controlar a pressão em veias menores na superfície dos membros inferiores, que se abrem e fecham para direcionar o fluxo sanguíneo da superfície para as veias profundas, em que os músculos da panturrilha bombeiam o sangue de volta ao coração.

Se as válvulas no interior das veias não funcionam adequadamente, há um bloqueio do fluxo natural ou os músculos da panturrilha não conseguem bombear corretamente, fazendo com que o sangue flua para trás e acumulem-se nos membros inferiores, aumentando a pressão nas veias.

Isso tende a causar problemas que variam em gravidade, desde leve (dor, sensação de peso nas pernas ou veias dilatadas ou desagradáveis) até graves (inchaço localizado, úlceras crônicas e infecções, erupção e alterações na coloração cutânea), que correspondem à IVC, representação de insuficiência venosa crônica. Assim como, se as veias dilatarem e tornarem-se visíveis, tornando-se alongadas e tortuosas ao longo do tempo, surge o que conhecemos como varizes.

Causas da Doença Venosa Crônica

Qualquer problema que aumente a pressão nas veias das pernas pode alargá-las, danificando as válvulas, gerando pressões ainda maiores e agravando a sua função, o que, eventualmente, acaba levando ao quadro de doença venosa crônica.

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Sendo assim, a pressão no interior das veias pode aumentar por diversas causas, tais como:

  • Coágulo no interior da veia: é o responsável por bloquear o fluxo sanguíneo por meio da veia e fazer com que a pressão acumule-se, o que, muitas vezes, acaba gerando danos permanentes à veia ou às válvulas, mesmo após a sua dissolução;
  • Excesso de peso: a obesidade ou o peso adicional da gestação tende a elevar a pressão nas veias dos membros inferiores e danificar tanto as veias quanto as válvulas;
  • Lesão na perna ou procedimento cirúrgico: são capazes de bloquear o fluxo de sangue por meio de uma veia, igualmente aumentando a pressão;
  • Permanecer por longo período na mesma posição: é capaz de reduzir o movimento do sangue das pernas em direção ao coração e gerar o aumento da pressão nas veias e acúmulo sanguíneo. Enquanto isso, os músculos da região desempenham um papel importante na circulação, agindo como uma bomba para proporcionar o fluxo natural.

Do mesmo modo que entre as causas igualmente estão o fator genético (responsável pela doença venosa primária), TVP (trombose venosa profunda), traumatismos, terapêuticas hormonais femininas, gestação, obesidade, calor excessivo, tabagismo, ingestão excessiva de álcool e atividades que demandam grande esforço, por exemplo.

Sintomas

Entre as principais manifestações clínicas da doença venosa crônica estão, por exemplo, as alterações cutâneas, uma vez que o acúmulo de sangue e aumento da pressão nas veias ao longo do tempo podem resultar em uma cor castanho-avermelhada na pele.

Frequentemente, as mudanças são inicialmente perceptíveis ao redor do tornozelo, começando, primeiramente, no seu interior, mas, especialmente nas canelas e nos pés.

A concentração de sangue nos membros inferiores, muitas vezes, faz com que a pele fique irritada e inflamada, podendo causar coceira, vermelhidão, secura, vazamento de líquido, descamação, feridas abertas e arranhões ou crostas.

Sem contar que determinadas pessoas desenvolvem áreas brilhantes, marrons ou vermelhas, endurecidas e semelhantes às cicatrizes, com possibilidade de serem dolorosas, o que, geralmente, acontece após muitos anos da doença venosa crônica, assim como pode surgir repentinamente.

As úlceras venosas, caracterizadas por feridas abertas não cicatrizantes, costumam acometer o tornozelo interno e externo, e a região da canela. Normalmente, começam como pequenas feridas, mas igualmente podem se expandir, tornando-se moderadamente desconfortáveis, sensíveis ao toque e com chances de escorrer ou drenar de pequenas a grandes quantidades de líquido.

Assim como tendem a levar meses ou anos para cicatrizar, que é um processo gradual, e são rosa ou vermelho brilhante, ou branca e brilhante com pontos avermelhados, com possibilidade de voltar após a cicatrização.

Do mesmo modo que é comum surgirem sintomas de, por exemplo, dor, edema, sensação de peso, cansaço, prurido, dormência, câimbras e:

  • Inchaço: surgindo nos tornozelos e na parte inferior dos membros inferiores, sendo, às vezes, evidente apenas no final do dia ou estando o tempo todo presente, diminuindo com a elevação e, consequentemente, sendo menos proeminente pela manhã;
  • Veias dilatadas: característica comumente encontrada na doença venosa crônica, podendo aparecer como azuis finas (vasinhos) ou veias torcidas mais largas (veias varicosas), que incham na superfície.

As doenças venosas crônicas podem afetar substancialmente a qualidade de vida dos pacientes, por isso, as análises cuidadosas feitas ou solicitadas pela médica especialista em Angiologia e Cirurgia Vascular, assim como os exames físicos e de imagem completos, possibilitam que tenha um tratamento capaz de proporcionar melhor qualidade de vida. Logo, não hesite em agendar o seu horário!

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Artigo Publicado em: 12 de nov de 2019 e Atualizado em: 28 de nov de 2024

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